7 de ago. de 2007

Morada das Artes V - Euzânia Andrade

Personagens: "A proposta dessa série é um encontro com um novo ator, um novo cenário. O coletivo, o popular, os ídolos, o cotidiano, o personagem anônimo. As figuras recortadas do jornal, da revista são referências para essa nova pesquisa estética. É a cultura de massa. A propaganda e seu universo particular são representadas nas obras que mais parecem um recorte. É nesse processo de construção do meu pensamento de minha observação do indivíduo e do mundo que nascem essas formas esses seres. Eles refletem essa atual desorientação, forjando no ferro os atores encarnados no espírito do tempo e da história que é re-percorrida e re-construída. A história é contada pelos personagens que saem cada um de seu universo e se encontram nessa obra. Nada tem um com o outro, mas são colocados lado a lado, talvez façam parte agora de uma mesma peça. Não se olham, estão estáticos, não deixam seus personagens, estão sempre vestidos e preparados para atuarem. Para quê? para quem? O que vão representar? O momento é paralisado pelo olhar. Para o infinito, para ninguém. A memória resgata e junta momentos diferentes mas que convergem para esse encontro. Conflitos e síntese estética que surgem de um imaginário e são levados a um espetáculo sem roteiro. E assim, a minha necessidade de criar ultrapassa os limites da noção de realidade. Consiste em algo mais do que o possível e o impossível, aquilo que instaurando novas bases, cria o meio e a forma da realidade existente ou inexistente, tal como o paradigma da realidade. Minha autonomia está justamente na criação, na minha utopia, no sonho e no desejo de realizar a tradução desse universo imaginário para uma linguagem compreensível à razão. Arte é a possibilidade de uma dimensão extraordinária que tem total liberdade para se manifestar abertamente. É uma realidade perfeita em si mesma, independente da autoria, da data ou da técnica escolhida para sua materialização. Ela torna possível a manifestação no mundo, inesgotável em seu poder, atravessa os limites do superficial para o plano real, a idéia de eternidade, imortalidade e universalidade."



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